quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Olá meus queridos irmãos e irmãs, hoje volto aqui para postar mais um texto. A Igreja Católica celebra hoje no mundo inteiro a Festa da Natividade de Nossa Senhora, o dia em que nasce a mãe de Jesus nosso Senhor e Salvador. É um texto extraído da Liturgia das Horas que tem como finalidade falar um pouco sobre o nascimento da sempre Virgem Maria. Espero que gostem e aceito comentários! Rezem sem cessar e fiquem com Deus!




Dos Sermões de Santo André de Creta, bispo
  O que era antigo passou, eis que tudo se fez novo.

     O fim da lei é Cristo (Rm 10,4), que ao mesmo tempo separa da lei e eleva para o
espírito. Nele está a consumação, pois o próprio legislador – tendo cumprido e
terminado tudo – transfere a letra para o espírito. Assim tudo recapitula em si mesmo,
vivendo a graça depois da lei. A lei, porém, submetida; a graça, harmoniosamente
adaptada e unida. Não misturadas e confundidas as características de uma com as da
outra, mas mudado de modo divino o que era pesado, servil e escravo, em leve e liberto,
para que não mais estejamos reduzidos à servidão dos elementos do mundo (Gl 4,3),
como diz o Apóstolo, nem sujeitos ao jugo da escravidão da letra da lei.


    É este o resumo dos benefícios de Cristo para nós; é esta a manifestação do mistério; é o aniquilamento da natureza; é Deus e homem; é a deificação do homem assumido.
Todavia era absolutamente necessário ao esplendor e à evidência da vinda de Deus aos
homens uma introdução jubilosa, antecipando para nós o grande dom da salvação. Este
é o sentido da solenidade de hoje que tem início na natividade da Mãe de Deus, cuja
conclusão perfeita é a predestinada união do Verbo com a carne. Agora a Virgem nasce,
é alimentada com leite, plasmada e preparada como mãe para o Deus e rei de todos os
séculos.

Neste momento, foi-nos dado duplo proveito: um, a elevação à verdade; outro, a
rejeição da servidão e da vida sob a letra da lei. De que modo, com que fim? Pelo
desaparecimento da sombra com a chegada da luz; em lugar da letra, a graça que dá a
liberdade. Nossa solenidade está na fronteira entre a letra e a graça, unindo a realidade
que chega aos símbolos que a figuravam, substituindo o antigo pelo novo.

Portanto cante e exulte toda a criação e contribua com algo digno para a alegria deste
dia. É um só o júbilo dos céus e da terra; juntos festejem tudo quanto está unido no
mundo e acima do mundo. Pois hoje se construiu o templo criado do Criador de tudo, e
pela criatura, de forma nova e bela, preparou-se nova morada para o seu Autor.



Por Alex Soares.

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