E o verbo se fez carne e habitou entre nós! (Jo 1:1, 14)

A festa da Anunciação do Arcanjo Gabriel à Virgem Maria é comemorada desde o Século V, no Oriente e a partir do Século VI, no Ocidente, nove meses antes do Natal. Por este acontecimento, que fez de Maria o primeiro sacrário da Eucaristia, Ela recebeu dos cristãos o título de Nossa Senhora da Anunciação.

A visita do Anjo à Virgem Maria, sinaliza o início do cumprimento do Velho Testamento com a abertura do caminho para o Reino de Deus à luz a Boa Nova, para toda a Humanidade. São Gabriel Arcanjo proferiu a oração que esta sempre na boca e no coração de todos os fiéis: a Ave Maria.

Maria era uma jovem adolescente, simples e virgem, prometida ao já idoso José, um carpinteiro descendente direto da casa de Davi. Ficou perturbada ao receber do Arcanjo o aviso que era a escolhida para conceber o Filho de Deus, o qual devia ser chamado Jesus, pois era o enviado para salvar a Humanidade, e cujo Reino era eterno. Assim, o Pai Criador dependeu do consentimento de uma frágil criatura humana para realizar o Mistério para a nossa Redenção.

A Virgem Maria aceitou sua parte na missão, demonstrando toda confiança no Senhor Deus e se fez Instrumento Divino nos acontecimentos proféticos. Mas teve de perguntar como seria possível, se não conhecia homem algum. Gabriel lhe explicou o Espírito Santo a fecundaria, pela graça do Criador. Então respondeu com a mesma simplicidade de sua vida e fé: “Sou a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a Sua vontade”.

Com esta resposta, pelo seu consentimento, Maria aceitou a dignidade e a honra da maternidade divina, mas ao mesmo tempo também os sofrimentos, os sacrifícios que a ela estavam ligados. Por este motivo dos devotos de Nossa Senhora da Anunciação pedem sua proteção e intercessão junto a Deus, nas suas aflições. Por sua disposição Maria se tornou a mais perfeita das criaturas humanas, a fonte dos maiores méritos e das melhores graças. Porque a Mãe de Deus, que acolheu a divindade em si mesma, contém em si toda a eternidade e, nesta, toda a plenitude dos tempos.

A data de hoje marca e festeja um dos mistérios mais sublimes e importantes para a Humanidade, citado em várias passagens importantes do Novo Testamento. Maria foi poderosamente levada à comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Motivo mais que suficiente para ser invocada como Nossa Senhora da Anunciação.

FONTE: PAULINAS ONLINE.

E também foi nesta Solenidade que fiz a minha Consagração a Jesus pelas mãos puríssimas da Virgem Maria no método de São Luís Maria Grignion de Montfort. 

Diz São Luís Grignion de Montfort na introdução do Tratado da Verdadeira Devoção: “Foi por meio da Santíssima Virgem que Jesus Cristo veio ao mundo e por meio dela que Ele deve reinar no mundo (T.V.D. 1)”. É, portanto, sabido por todos que Jesus Cristo vai reinar no mundo e que o “Reinado de Maria” vai ser o meio pelo qual se dará o “Reinado de Jesus”.

Em Fátima, a Santíssima Virgem confirma a profecia de São Luís quando diz “Por Fim Meu Imaculado Coração Triunfará”, e nos indica o meio que a Providência Divina estabeleceu para que aconteça este Triunfo: “Meu filho quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”. É justamente aqui onde devemos estar atentos, pois a devoção que Jesus quer que se estabeleça ao Imaculado Coração de sua Mãe Santíssima não qualquer devoção, mas a perfeita devoção, a Total Consagração ou Santa Escravidão de Amor, tal como ensina São Luís Grignion de Montfort; que elucidando a profecia de Fátima diz: Esse tempo (do Triunfo-Reinado de Maria) chegará quando se conhecer e praticar a devoção que eu ensino (T.V.D.217).

Louvado seja Nosso Senhor Jesus e sua Mãe Maria Santíssima!

Epifania do Senhor.

Salve Maria. Bom pessoal desde já peço-lhes desculpa pois por conta do pouco tempo não consegui escrever, contudo vocês vão poder aprender um pouco com a belíssima homilia do Pe. Paulo Ricardo da Arquidiocese de Cuiabá - MT. Aproveitem e tenham um bom e santo domingo! (por Alex Soares).

A Maternidade universal de Maria!

     Nos últimos momentos da vida de Jesus, ele quis nos presentear com sinais claros de seu amor pela humanidade: os sacramentos da reconciliação e da eucaristia; o Espírito Santo Paráclito; o governo da Igreja na pessoa do Papa; e desponta também como um grande presente: a maternidade universal de Maria. Sabemos que o discípulo amado mencionado no texto é o mesmo autor do quarto evangelho - São João. A intenção do evangelista é dizer que o presente deixado por Jesus não foi para nenhum discípulo, mas para aquele que o Senhor amava.
     Receber Maria como mãe e inspirar-se em seus exemplos no serviço ao reino é ser discípulo amado de Jesus. Não basta seguir, necessário é ser discípulo amado, acolher a mãe de do Altíssimo como nossa mãe. Nos últimos respiros de Jesus na cruz, ele olha a humanidade desprotegida na pessoa de João e diz à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho - cuida dele, não o desampares, sê para ele a mesma mãe carinhosa, amorosa que foste para mim. Jesus vê a sua mãe chorando de dor, mas ele sabe que ela naquele momento gera a humanidade em seu ventre, chora a perda do filho e a dor de dar à luz. O texto bíblico diz que o discípulo amado a partir daquela hora a levou para casa. Ele soube acolher em seu lar, em sua vida, a graça que a ele  concedida - ser filho de Maria.
A mãe ensina, educa, forma, alimenta funções essas deixadas como sacramento na presença real e materna de Maria. Ela nos convida a nutrirmos nossa fé, colocar-nos em seus braços como crianças pequeninas, para que nos oriente no caminho até Jesus.
      João, admitindo a paternidade divina e a maternidade universal de Maria, escreve: Não vos admireis, irmãos, se o mundo vos odeia. Nós sabemos que fomos trasladados da morte para a vida, porque amamos nossos irmãos. Quem não ama permanece na morte (1João 3, 13-14). A palavra "irmãos" indica que ele aprendeu a chamar Deus de pai e Maria de mãe.

Ser filho de Maria é um dom, uma graça...Faça-mos a experiência de ser afagados por esse amor.

(Texto extaído do livro : Imitação de Maria (O segredo de sermos agraciados por Deus), Pe. Luís Erlin, CMF  e adaptado por  Alex Soares, imagem de Alex Soares).